quarta-feira, 23 de julho de 2008

Muse, Buenos Aires, 23/07/08

Estou de turista na Argentina e vai rolar um show do Muse aqui. No Hard Rock Cafe tinha uma promoçao: ou tu ganha o ingresso pro show ao comprar uma Quilmes, ou tu ganha outra Quilmes.
Nao ganhei nenhum ingresso. Graças a Deus.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Entrevista com Carlinhos Carneiro, da Bidê ou Balde

Era uma tarde ensolarada, cheguei em Porto Alegre por volta das 14:00 horas. Me desloquei até um bairro recluso e distante. O taxi me deixou em frente a um sobrado rústico e colorido, havia chegado. Ao bater na porta, um senhor calvo trajando roupas sociais me atendeu, era Luiz, mordomo da família Carneiro por décadas. E foi na beira da piscina da Mansão Carneiro que foi concebida essa bela entrevista que segue abaixo:

Doc, o que tu anda ouvindo de banda nova?

Não sei se é nova, mas o The Fratellis é uma banda que eu simpatizei e gosto de ouvir o disco. De mais recente tenho gosto também pelas coisas mais eletrônicas, tipo LCD Soundsystem ou dançantismos franceses meio que da família do Justice, tipo Yuksek e We Are Terrorists...

Nem tão novos, mas que eu curto afú, são o Phoenix e o Of Montreal.

E de som antigo?

Muita coisa brasileira anos 70 que eu baixo no Brazilian Nuggets e outros blogs, como Guilherme Lamounier, Spectrum, Silvinha e o Paêbirú, disco de Lula Côrtes & Zé Ramalho que é uma doidêra psicodélica, histórica, botânica e muitas outras "icas".

Muita coisa negra, dub, reggae, ritmos africanos, que eu baixo no blog República de Fiúme ou no Cavalo 23, que são excelentes e têm o que há de melhor!

Mais Cat Stevens, Neil Young, Bowie, Daniel Johnston... e, sempre, flaming lips.

Comunidade favorita do orkut?

"Índice Geral - Discografias"

Melhor seriado atual?

Damages - porque tá na primeira temporada.
Dirty Sexy Money e mad men são massa também.

As temporadas novas do Lost, House, CSI foram preza também. Mas, no ano passado rolou uma temporada do seriado que eu mais pirei recentemente: John From Cincinnati.
Fez o Twin Peaks parecer novela da globo de tanto que não faz sentido. Lindo!
Mas só durou essa primeira temporada mesmo.

Melhor seriado toda vida?

Twin Peaks ou M.A.S.H.

Com espaço pro John From Cincinnati

E honrarias pro Flying Circus (que não compete com nada, de tal genial que é - tipo Roberto Carlos)

Qual o melhor ser humano do mundo?

Minha Mãe e o Pedrão Hahn, ex-batera da bidê.

e a Alcione, minha cadela - baita ser humano!

Melhor lanche?

Bife a Milaneza com um limãozinho e uma mostarda forte na lancheria do parque e o Whopper do Burger King.

Melhor comida caseira?

Bife a dorê da minha mãe e o meu churrasco.

Um filminho pra ver sozinho de madrugada.

24 horas de sexo explícito, de José Mojica Marins (aquele do pastor alemão)

Um filminho pra ver com aquele alguém especial.

Hellraiser, do Clive Barker - e o alguém especial é um colchão ensanguentado

Última grande compra.

O dvd "Isto é Gauchada Tchê vol.3" com Leopoldo Raisser, Luiz Marenco, Pedro Ortaça, Mano Lima e outros, o Monty Python no hollywood bowl e um que tem Primal Scream, Spiritualized e Nick Cave feito pra ajudar crianças pelestinas (fiz minha parte!).

A quantas anda o cd novo da Bidê? Tem alguma pista sobre como o mesmo soará?

Tem mais de 40 músicas compostas e já temos uma idéia de quais entrarão no disco. Elas são diferentes pq as composições vieram de pessoas diferentes, como o pilla, que dessa vez compôs um monte de coisa (incluindo letras). A tendência é ele ser algo entre o Outubro ou Nada com a qualidade de gravação e apêgo pela simplicidade do 'Vazão'.

As composições funcionam como? Todo mundo junto ou gêniozinho faz tudo?

Todo mundo junto. Nessas novas canções tem coisas que eu fiz sozinho e que o pilla fez sozinho ou que um procurou o outro pra dar uma ajudinha em algum detalhe ou completar a música, e tem coisas feitas durante ensaio pelo sá, o andré, a vivi e o caveira (com riffs deles e um antigo, da katia), que o Frank Jorge fez letras excelentes.
mas a coisa faz sentido mesmo e vira música quando tá todo mundo junto.

Vocês tocam “Hoje” do Camisa de Vênus, que inclusive ta no É preciso da vazão ao sentimento, e “Só Mais Uma Chance” d’Os Replicantes. O que mais vocês já tocaram ou tem vontade de tocar?

Tocávamos (ou ainda tocamos) Private Idaho do B 52's, Blister in the sun dos Violent Femmes, várias do Ultraje, Lucy in the sky with diamonds, song #2 do blur, umas do nirnava (incluindo Molly's Lips, que na real é dos vaselines, de quem a nossa versão se aproximava mais)... várias...

Ainda vamos (ou queremos) tocar Boys and Girls ou There's no Other Way do Blur, Blue Monday do New Order, Não me mande flores do De Falla e qualquer Flaming Lips.

Atualmente vocês participaram do Som Brasil, programa da Globo, em homenagem ao Cazuza. Foi complicado fazer as covers? A galera da banda de fato curte o jovem?

As versões foram feitas naturalmente e estão soando tribem. A que ficou mais diferente é "Ideologia", que fizemos meio parecida com a nossa "Spaceball", pra aproveitar a batéra preeeeza que o Cave faz nela.

O Cazuza em si, ou a música dele, não são referências primordiais pra Bidê. Mas principalmente a fase dele com o Barão (que começa com 'B' e muitas vezes foi citado entre as bandas que a gente gostava por essa razão ortográfica) é muito massa.

Fala sobre como surgiu o belo Império da Lã.

De churrascadas que juntavam amigos de bandas diferentes em que se ouvia coisas bem "ecléticas", daí pirei em uma banda sem formação fixa cujo repertório pudesse se adaptar conforme os bróder que nela estivessem - e que mantivesse o clima amistoso e descompromissado daqueles churrascos.

Daí, num belo dia do começo de 2007 um amigo meu, o Aníbal, primo do Chicão, ligou dizendo que ia abrir um bar em Jaguarão e queria que eu fosse lá tocar e, para fazê-lo, juntamos uma galera e realizamos os dois primeiros shows do Império (bêbados, claro).

Eu tava quando o Magical Mistery Tour foi tocado duas vezes seguidas, sendo uma das coisas mais lindas do mundo, perdendo só pro Disney no Gelo. Como foi pra ti ser o mestre de cerimônias deste belo evento?

Foi lindo! Vai rolar repeteco agora em julho, em Novo Hamburgo, no Abbey Road.

Todos os Classic Albuns foram emocionantes, e serão daca vez mais.
O da Amy Winehouse foi demais, casa lotadaça e a Lica cantando muito!!!

Al Gore salva ou não salva o mundo?

Se o Bono não o fizer antes.... pode ser.

E pra finalizar, sobre o nome, eu sei que muita gente pergunta e que tu costuma mentir, mas, de onde saiu “Carlos Carneiro”?

Em setembro de 1921, no dia 23, quando o meu bisavô João e a minha bisavó Nenita deram ao filho deles o nome de Carlos, desde então virou mania.


terça-feira, 15 de julho de 2008

Natasha diz: Desce macio e reanima!

"Chini diz: posta na budega, muié"

O cara já tava nervoso.

Mas hein, o Vitrola Estragada ficou como genius! Saca só: www.criticsrant.com/bb/reading_level.aspx

O engraçado que com dois posts ficou como genious e uns gigantes ficaram como elementary school. Não entendo os padrões do site. Certo que depois deste post o negócio vai decair.
















Então, sabe aquela banda que quando você ouve, você pensa "puta merda, por que eu não conhecia isso antes!?". Foi assim comigo quando ouvi o álbum auto-intitulado da já inativa Ratos de Saloon. Simplesmente do caralho!

A proposta da banda, ao meu ver, era fazer um rock com uma temática estilo faroeste americano. E não deixou a desejar, pois o CD desses guris de Santo Ângelo, interior do RS, é fantástico. Já na segunda faixa conta com a grande participação de
Duda Calvin, da Tequila Baby.

Rola um sentimento de injustiça quando falo desses caras. Mesmo nós já tendo atravessado os períodos de ditadura das gravadoras, onde a música boa não era levada em conta, e com a Internet que surgiu como um ente democrático da boa música, onde a galera pode fazer download e repassar o som a todas as pessoas que desejam ouvir, caras como esses mereciam muito mais.

Não sou bom pra ficar comentando faixa por faixa, mas podem ter certeza que Ratos de Saloon já tá no meu top list.

Molecada, quem quiser baixar o álbum Ratos de Saloon e se deliciar com outros grandes nomes do underground gaúcho, eis o link:

www.4shared.com/dir/1879001/ee160056/sharing.html

E como diria a Natasha: desce macio e reanima!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Precisa se sentir culpado não, Beck. A gente te ama.

Não sou nenhum expert em Beck. Mas falta de conhecimento nunca me impediu de fazer nada, e como não ter bom senso é a ideologia do blog, vamos lá.

Meu conhecimento do Beck se resume ao (merecido) queridinho do povo, Odelay, o Midnite Vultures, embalando as noitadas por aqui, e o nervoso álbum de figurinha The Information. A mesma história segue com o meu conhecimento do produtor, o Danger Mouse, que se resume a “Crazy” e a cover do Violent Femmes. Então, não faço a menor idéia se o ratinho perigoso de fato trouxe os anos douradas de volta pro amigo Beck com este disco, ou se o Modern Guilt continua linear a discografia atual do jovem. Anyway, vamos ao faixa-a-faixa das favoritas.

Orphans: Violão, palminhas, batida charmosa. É a que tem participação da Cat Power, e pelo que eu ouvi, a participação se resume a palavra “hands”. Muito boa.

Gamma Ray: Essa é das nossa, essa é amor no rock. Cheia de barulhinhos e um vocal travadinho de arrepiar a nuca das meninas. Me lembrou Supergrass um pouquinho.

Chemtrails: Minha namorada procurou no Google o que isso significava, “chemtrails”, são tipo as marcas que os aviões deixam no céu, só que não identificado. Ou algo assim. E isso meio que resume o clima da música, voz ecoada e calminha. Final caótico de acelerar o coração dos meninos. Lembra Floyd e o último do Pavement na minha cabeça. Bela canção!

Modern Guilt: Atenção, amigos. Essa canção é mais viciante que loló. É o Lost da música. Voltei umas quatro vezes pra ouvir. Muito bom. Cheio de heyhey e dadadas.

Walls: Comecinho meio lambada anos 80, ta ligado? "Choranaaando se foi, quem um dia me fez chorar”. O barulhinho lambada diverte até o final da música.

Volcano: Linda de morrer. Aperto no coração. Fecha o disco com chave de gênio. Palmas pro Beck.

O restante faixas na real são tão boas quanto, mas eu simplesmente não tenho o dom da dissertação aguçado a ponto de falar sobre elas. E outro lance legal é a duração curta do disco, que dá pra meter o loop e ouvir várias vezes sem enjoar.

Recomendo, gente amada.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Drama da música pop ou Disco ruim da minha banda favorita



Você tem coração fraco? Se desmancha em lágrimas lendo um livro? Gostou daquele filme de viagem no tempo com o Ashton Kutcher?

Se alguma das respostas foi sim, pare por aqui, o que venho a descrever uma história triste de dúvida e decepção. Se todas as respostas foram sim, se interne e aprenda a se controlar, mulher.

Eu lembro muito bem como foi. Como todo drama, teve um começo feliz, a canção “Pork and Beans” veio com tudo, riff carismático, letra divertida, refrão cheio de punch, e o melhor, um videoclipe genial, cheio de celebridades do youtube.

Depois veio “The Greatest Man That Ever Lived”, algo entre um Bohemian Rhapsody desnutrido e oito músicas meia boca colada juntas. Novamente um vídeo genial da mesma estava na Internet, pra confundir a minha já confusa parcialidade. Mesmo não tendo certeza se gosto da canção, cantarolo-a freqüentemente. Provavelmente gosto. É, gosto sim.

Troublemaker” e “Dreamin’” vieram acalmar nossos corações, não adicionando nada de novo para a já amada fórmula canções-chiclete do Weezer. Smart move, porque o resto do disco segue num clima de experimentação similar a algo como os donos da Coca-Cola pensando “Oh, nós temos uma bebida boa aqui. Será que fica melhor com urina?”.

Cold Dark Word” tem o baixista Scott fazendo um vocal meio rapper, meio nervoso, mas extremamente ruim. “Though I Knew” tem o guitarrista Brian Bell no vocal, com uma canção sem sal, que eu nunca escutaria novamente se não fosse de uma das minhas bandas preferidas.

Everybody Gets Dangerous” é como uma banda de pré-adolescentes imitando Red Hot Chilli Peppers. Imitando mal, para deixar claro.

Heart Songs” e “Automatic” divertem naquelas, letra adoravelmente bobinha e inocente, que dá um fôlego para suportar a medíocre “The Angel and The One”.

Olhando para o bigode e o chapéu de cowboy do Rivers, eu forço, mas não consigo tirar o tal do Red Álbum do nível de agradável/matou a saudade. E o mais triste não é o fato de ser um disco fraco, o grande final deste drama da música pop é que eu, e acredito que vários outros fãs imparciais como eu, iremos ouvir o cd, comprar e “aprender” a gostar das canções, através da boa e velha osmose.

Que comece a bandidagem e tenho dito!

Tudo começa com um nome. Um nome e dois jovens. Vinícius e Vinícius. Um dá cigarros para crianças. O outro idolatra falsos ídolos usando camiseta da Crisma. O terceiro começou uma seita e...er...não. Não. Esse é o Charles Manson.

Bom, qual a diferença destes dois jovens de você, amigão?
Nenhuma. Aliás, uma, bem pequena. A falta de bom senso que os permitiu começar um blog de música.

Solta o baile.