segunda-feira, 7 de julho de 2008

Drama da música pop ou Disco ruim da minha banda favorita



Você tem coração fraco? Se desmancha em lágrimas lendo um livro? Gostou daquele filme de viagem no tempo com o Ashton Kutcher?

Se alguma das respostas foi sim, pare por aqui, o que venho a descrever uma história triste de dúvida e decepção. Se todas as respostas foram sim, se interne e aprenda a se controlar, mulher.

Eu lembro muito bem como foi. Como todo drama, teve um começo feliz, a canção “Pork and Beans” veio com tudo, riff carismático, letra divertida, refrão cheio de punch, e o melhor, um videoclipe genial, cheio de celebridades do youtube.

Depois veio “The Greatest Man That Ever Lived”, algo entre um Bohemian Rhapsody desnutrido e oito músicas meia boca colada juntas. Novamente um vídeo genial da mesma estava na Internet, pra confundir a minha já confusa parcialidade. Mesmo não tendo certeza se gosto da canção, cantarolo-a freqüentemente. Provavelmente gosto. É, gosto sim.

Troublemaker” e “Dreamin’” vieram acalmar nossos corações, não adicionando nada de novo para a já amada fórmula canções-chiclete do Weezer. Smart move, porque o resto do disco segue num clima de experimentação similar a algo como os donos da Coca-Cola pensando “Oh, nós temos uma bebida boa aqui. Será que fica melhor com urina?”.

Cold Dark Word” tem o baixista Scott fazendo um vocal meio rapper, meio nervoso, mas extremamente ruim. “Though I Knew” tem o guitarrista Brian Bell no vocal, com uma canção sem sal, que eu nunca escutaria novamente se não fosse de uma das minhas bandas preferidas.

Everybody Gets Dangerous” é como uma banda de pré-adolescentes imitando Red Hot Chilli Peppers. Imitando mal, para deixar claro.

Heart Songs” e “Automatic” divertem naquelas, letra adoravelmente bobinha e inocente, que dá um fôlego para suportar a medíocre “The Angel and The One”.

Olhando para o bigode e o chapéu de cowboy do Rivers, eu forço, mas não consigo tirar o tal do Red Álbum do nível de agradável/matou a saudade. E o mais triste não é o fato de ser um disco fraco, o grande final deste drama da música pop é que eu, e acredito que vários outros fãs imparciais como eu, iremos ouvir o cd, comprar e “aprender” a gostar das canções, através da boa e velha osmose.

3 comentários:

Francis J. Leech disse...

foi nessa de "ouvir demais até aprender a gostar" que a música pop chegou da desgraça que é hoje.

Nos anos oitenta ouvir rádio era divertido, agora rap virou música de branco. argh!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

eu estou com medo de ouvir qualquer coisa nova do weezer, minha banda favorita, desde o álbum anterior...
ainda não pude passar de porks and beans e só não comprei o cd porque ainda não cruzei com ele na rua...
triste (como as lágrimas que derrubei lendo Rádio Guerrilha).
=/

nice blog