
Se alguma das respostas foi sim, pare por aqui, o que venho a descrever uma história triste de dúvida e decepção. Se todas as respostas foram sim, se interne e aprenda a se controlar, mulher.
Eu lembro muito bem como foi. Como todo drama, teve um começo feliz, a canção “Pork and Beans” veio com tudo, riff carismático, letra divertida, refrão cheio de punch, e o melhor, um videoclipe genial, cheio de celebridades do youtube.
Depois veio “The Greatest Man That Ever Lived”, algo entre um Bohemian Rhapsody desnutrido e oito músicas meia boca colada juntas. Novamente um vídeo genial da mesma estava na Internet, pra confundir a minha já confusa parcialidade. Mesmo não tendo certeza se gosto da canção, cantarolo-a freqüentemente. Provavelmente gosto. É, gosto sim.
“Troublemaker” e “Dreamin’” vieram acalmar nossos corações, não adicionando nada de novo para a já amada fórmula canções-chiclete do Weezer. Smart move, porque o resto do disco segue num clima de experimentação similar a algo como os donos da Coca-Cola pensando “Oh, nós temos uma bebida boa aqui. Será que fica melhor com urina?”.
“Cold Dark Word” tem o baixista Scott fazendo um vocal meio rapper, meio nervoso, mas extremamente ruim. “Though I Knew” tem o guitarrista Brian Bell no vocal, com uma canção sem sal, que eu nunca escutaria novamente se não fosse de uma das minhas bandas preferidas.
”Everybody Gets Dangerous” é como uma banda de pré-adolescentes imitando Red Hot Chilli Peppers. Imitando mal, para deixar claro.
“Heart Songs” e “Automatic” divertem naquelas, letra adoravelmente bobinha e inocente, que dá um fôlego para suportar a medíocre “The Angel and The One”.
Olhando para o bigode e o chapéu de cowboy do Rivers, eu forço, mas não consigo tirar o tal do Red Álbum do nível de agradável/matou a saudade. E o mais triste não é o fato de ser um disco fraco, o grande final deste drama da música pop é que eu, e acredito que vários outros fãs imparciais como eu, iremos ouvir o cd, comprar e “aprender” a gostar das canções, através da boa e velha osmose.
3 comentários:
foi nessa de "ouvir demais até aprender a gostar" que a música pop chegou da desgraça que é hoje.
Nos anos oitenta ouvir rádio era divertido, agora rap virou música de branco. argh!
eu estou com medo de ouvir qualquer coisa nova do weezer, minha banda favorita, desde o álbum anterior...
ainda não pude passar de porks and beans e só não comprei o cd porque ainda não cruzei com ele na rua...
triste (como as lágrimas que derrubei lendo Rádio Guerrilha).
=/
nice blog
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